22 de maio de 2011

A Velha Casa Branca

Ainda tenho memória do monte assim, sem estrada. Também me lembro ainda como era quando não havia luz eléctrica, nem casa de banho; quando, em vez disso, tinhamos um céu majestoso que olhavamos em extâse antes de ir dormir, e um poço de onde se puxava a água a balde, à porta da cozinha, para lavar. A água para beber, lembro-me bem, íamos buscar ao poço novo. A minha avó trazia a infusa equilibrada na cabeça e eu admirava-a ainda mais por isso.
Atrás das casas, na horta, cresciam cravos e ervas de cheiro, favas e alfaces. Haviam pereiras e laranjeiras, e do tanque víamos o moinho ainda com velas, mas já esfarrapadas.

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